HISTÓRIA
A FUNDADORA
Aimée
Semple McPherson nasceu em Ingersoll, Ontário, Canadá, aos 9 de outubro
de 1890, como Aimée Elizabeth Kennedy e é a fundadora
da denominação evangélica The Foursquare Church (Igreja do
Evangelho Quadrangular).
Conversão
Uma noite ela foi para seu quarto,
determinada a achar uma solução para suas dúvidas. Sem acender a
lamparina, ajoelhou-se
em frente à janela aberta, onde contemplava a paisagem branca
toda coberta de neve e pensou: “Certamente deve existir um grande
Criador
que fez tudo isso”. De repente, ergueu os braços para o céu e
clamou: “Ó, Deus, se é que há um Deus, revele-se a mim”. Aimée
acreditava
que o Pai Celestial responde as orações de todos os que estão em
desespero. Pelo menos, respondeu sua oração antes da meia-noite
seguinte.
Depois das aulas, ela saiu andando pela rua
com seu pai e notou um aviso no salão de Missões, que dizia: “Reunião de
Avivamento
com Robert Semple, evangelista irlandês. Todos são bem vindos”. O
pai de Aimée sugeriu que entrassem, e ela aceitou sem discutir,
pois notícias desse reavivamento haviam chegado ao seu
conhecimento e a curiosidade a impulsionava a estar ali. Tudo era
interessante,
os cânticos animados, todos cantando e levantando as mãos.
A seriedade tomou conta do semblante de Aimée
ao ver o evangelista entrar com a Bíblia debaixo do braço,
sua mensagem borbulhava com um humor claro e sadio. “Leiamos
Atos 2:38-39”, disse Robert. “Arrependei-vos e cada
um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão
dos vossos pecados e recebereis o Dom do Espírito Santo”.
Aimée jamais ouvira um sermão desses, e o sermão de Robert
dividiu o mundo dela em dois. Então, o pregador passou a falar
do Espírito Santo e, de repente, a falar numa língua
desconhecida. Mas Aimée entendia perfeitamente o que Deus estava
dizendo:
“Você é uma pecadora, perdida, miserável, merecedora do
inferno!”. Aquela noite mudou a vida de Aimée. Jamais alguém disse
tamanha
verdade a ela. Uma convicção genuína a envolveu e ela sabia que
havia um Deus e que ela era uma pecadora.
Aimée tentou fugir, procurando se distrair
das palavras do evangelista nas danças e músicas de jazz por três dias.
Mas numa tarde de dezembro de 1907, no caminho de volta para
casa, Aimée não conseguiu resistir. “Deus, tenha misericórdia
de mim, uma pecadora”, então, tudo mudou, uma grande paz invadiu
a sua alma e sentia a presença de Deus ali pertinho quando
chegou em casa. “Naquele momento, levantei a tampa do fogão e
queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus
romances.
Meu pai quis saber o que estava acontecendo, então eu expliquei:
Converti-me e não preciso mais dessas coisas!”.
Busca pelo Espírito Santo
Daí por diante, Aimée passou a buscar a
presença de Deus. Não perdia tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimée
que,
quando orava, falava com Cristo, e quando lia a Bíblia, Ele
falava com ela. No entanto, chegou o dia que esta serenidade
foi abalada ao analisar: O Senhor dá tudo e eu só recebo. O
egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que posso
fazer em troca? Aimée busca resposta na Bíblia “... o que ganha
almas é sábio e... resplandecerá como as estrelas sempre
e eternamente”. É como se uma voz poderosa falasse em tom de
clarim: “Agora que você foi salva, vá, ajude a salvar os outros”.
Orando de joelhos, Aimée, em sua imaginação,
viu um grande rio, veloz e impetuoso, tragando milhares de pessoas em
sua
correnteza e levando-os à morte. Então, disse: “da mesma forma
como eu fui resgatada, deveria estender minhas mãos para
todos quantos pudesse alcançar, a fim de trazê-los para um
terreno seguro. Estaria disposta a cruzar o continente de joelhos
só para resgatar um pobre pecador. Mas, como posso fazer isso?
Eu, que sou filha de fazendeiro e moro a quilômetros da cidade?
Como posso almejar ganhar almas um dia? Além disso, só os homens
têm permissão para pregar”.
Muitas indagações surgiram na mente de Aimée
sobre o ministério da mulher. Tentou encontrar resposta com sua mãe
para muitas delas. No entanto, foi na Bíblia que ela descobriu
que Débora, uma mulher, havia comandado esplêndidos exércitos.
A mulher, junto ao poço, pregou o primeiro sermão de salvação e
levou uma cidade inteira a Cristo. E em meio a tanto desejo de
pregar a Palavra de Deus, Aimée não desistia de quem a pudesse
ajudar e, numa noite, quando voltou para casa, encontrou sua mãe
examinando a Bíblia para responder suas perguntas. “Minha
querida, descobri que os dons de Deus jamais foram cancelados.
A promessa é para todos quantos o Senhor nosso Deus chamar”.
Assim, Aimeé pensou na passagem bíblica:
“Nos últimos dias o Espírito Santo será derramado sobre toda
carne, vossos filhos e filhas profetizarão... ...
Então, eu também buscarei a plenitude do Espírito”.
Certa noite, enquanto Aimée estava na casa de
um vizinho com duas crianças que tinham apanhado febre tifóide, a porta
se abriu e Robert Semple, o evangelista,
surgiu diante dela. Um impulso de alegria a envolveu. Robert
havia chegado de Stratford e, sabendo que as crianças estavam doentes,
foi até lá em visita. Naquela noite
as crianças tiveram os dois como enfermeiros. Aimée e Robert
conversaram por algum tempo a respeito das cartas que trocavam, do
batismo com o Espírito Santo que ela havia
recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de
almas. Ao olhar os livros espalhados sobre a mesa Robert, deparou-se com
o de geografia e ele, folheando
as páginas, abriu no mapa do Oriente, dizendo: “A China será o
meu desafio, meu destino e meu alvo”. Aimée suspirou. “Gostaria de
dedicar a minha vida a uma causa como esta”.
E foi justamente sobre isso que Robert desejava falar com ela. A
voz do homem que a ganhara para Cristo atravessara sua fantasia. “Sei
que tem apenas 17 anos, mas eu a amo
de todo o coração. Já que vai completar 18 em breve, quer se
casar comigo e ir para a China?” Aimée ficou olhando estarrecida para
ele. O rosto honesto não conseguia
falar, mas um desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu
coração. Ela sabia que o amava profundamente, amava seu ministério, seu
Cristo, seu ensino, sua mensagem.
Não foi preciso responder imediatamente.
Aimée
logo aceitou Robert, que falou com seus pais, pedindo consentimento. De
maneira simples e franca tiveram sua bênção e em 22 de agosto de 1908
se casaram.
Segundo Aimée, ele foi o seu Seminário Teológico, seu mentor
espiritual, seu marido terno, paciente e dedicado. Para ajudar no
salário como evangelista,
Robert trabalhou numa fábrica de caldeiras. Os dias melhoraram e
ele foi chamado para Londres, Ontário e Chicago. Ele trabalhava
incansavelmente para Deus e Aimée fazia
as tarefas menores, cuidava da casa, tocava piano e orava com os
convertidos. “Vamos para a China em seis semanas”, anunciou Robert
certa noite. A situação preocupara
a jovem esposa, que se via partida, sem a tutela de uma
organização missionária, sem dinheiro, sem nada. Apenas a fé e a
confiança que Robert tinha no Senhor.
Ao pregarem numa igreja de italianos, ao se
despedirem foram surpreendidos com ofertas em dinheiro, cheques, ouro
etc. Quando chegaram em casa, a soma deu para
as passagens e um pouco mais. Durante uma viagem para a Irlanda,
logo antes de irem para a missão na China, Aimée conta ao marido que
está grávida. Após passarem na
Inglaterra, onde Aimée fez sua primeira pregação para 15 mil
pessoas, numa igreja de um milionário conhecido de Robert. A oferta do
dia foi oferecida ao casal para
a missão na China. Lá chegando, ficaram algum tempo num
importante trabalho e foram treinados para tarefas específicas. O povo
era místico, o sol escaldante e a
língua difícil, além dos camundongos e dos rituais.
Em determinado momento, os dois contraíram
malária tropical. Apesar de ainda doente, Aimée se preocupava com o
marido que estava no hospital e queria manter-se
informada sobre ele. Aimée se mantinha acordada, vigiando sobre a
cama de Robert. Em vigília no hospital, a enfermeira caminhou na
direção de Aimée. “Levante-se depressa,
ponha o robe e os chinelos”. Tremendo como uma folha de papel,
Aimée sentia que Robert estava morrendo, e gritava, de algum modo
sabendo que gritaria.
Nesse mesmo momento, os braços fortes do Senhor a envolveram e
ela sussurrou com os lábios endurecidos: “O Senhor o deu para mim e da
mesma forma o tomou.
Bendito seja o nome do Senhor”.
Início do ministério
Na primeira campanha em Mount Forest, em 1915, Harold McPherson
mandou um telegrama para Aimée pedindo que ela voltasse para casa, mas
ela não aceitou.
Ele, então, veio ao seu encontro e, ouvindo uma de suas
pregações, reconheceu o chamado de Deus na vida dela, estimulando-a a
continuar.
Tempos
depois, decidindo voltar para a América, o navio com Aimée foi deixando
a linha costeira da China, levando ela e sua filha com apenas 13
semanas.
Ela pensava que agora teria que decidir tudo sozinha, procurar
bons amigos de Robert, buscar uma orientação para sua nova vida. Fez,
então, sua primeira viagem
transcontinental em 1918, atravessando o continente em seu
carro que portava duas frases: “Carro do Evangelho” e “Jesus voltará,
prepare-se”. Estava acompanhada
pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretaria. Entre 1918 e
1923 realizou 38 campanhas, em 1922 o seu ministério tornou-se
internacional por conta de uma campanha
realizada na Austrália.
Neste
mesmo ano, na Califórnia, quando pregava sobre a visão de Ezequiel
1:1-8, Aimée foi inspirada a denominar o seu ministério de
“Quadrangular”.
No dia 1 de janeiro de 1923, foi inaugurado o templo sede
internacional Angelus Temple, com capacidade para 5 mil pessoas. Aimée
dirigia 21 cultos por semana.
Nos primeiros meses, 7 mil pessoas se converteram a Jesus.
Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento
Evangelístico e Missionário e
uma sala de oração, consagrada e tendo como base o versículo
“orai sem cessar”. Em 6 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio
pertencente a uma igreja
nos Estados Unidos e a terceira emissora em Los Angeles, a
KFSG. Aimée também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13 operas
sacras.
Dificuldades pessoais e ministeriais
Com a morte de Robert Semple, Aimée começou passar por
dificuldades financeiras e também necessitou dedicar mais tempo à filha,
pois estava com a saúde
fragilizada. Seus problemas pessoais cada dia mais dificultavam
sua vida ministerial e em meio a tantas dificuldades pessoais e
ministeriais,
Aimée aceitou casar-se com Harold McPherson. Seria a
oportunidade de reconstruir um lar seguro para ela e para sua filha, e
também de desenvolver
o seu ministério com mais tranqüilidade.
Durante
algum tempo, Harold passou por dificuldades financeiras. Foi quando
Aimée começou a arrecadar ofertas para o Exercito de Salvação e,
com isso, conseguiu ajudar nas despesas da casa. Nesse período,
ela engravidou, e quando o filho Rolf McPherson nasceu teve que parar
de trabalhar.
Começou a dedicar-se aos filhos e à rotina do lar, porém, não
estava feliz, porque o intenso chamado de Deus e o dever com a família, a
fizeram cair
num estado de depressão, adoecendo gravemente e sendo
hospitalizada. Aimée pedia a cura para Deus, mas a cada pedido ouvia o
Senhor dizendo: “Tu irás?
Pregarás a palavra?”. Mas somente depois de um ataque repentino
de apendicite, que a levou a 5 cirurgias num mesmo dia, ela ouviu a voz
do Senhor:
“Agora tu irás?”; e quase sem forças, Aimée respondeu: “Sim,
Senhor, eu irei”.
Em 15 dias, Aimée estava totalmente recuperada, mas não se
sentindo forte a ponto de entrar em discussão com seu marido e sogra
quanto ao seu chamado,
resolveu deixar Harold e partir com os filhos, voltando para o
ponto de origem: o Canadá. Era, 1915, quando Aimée encontrou total apoio
dos pais, que se
ofereceram para cuidar de seus filhos. Aimée participou de um
encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro com Deus,
iniciando o seu ministério
no Canadá. Embora, na época, ser raro uma pregadora na obra de
Deus, Ela foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus operava por meio
de sua vida.
Sequestro
Durante um passeio na praia, Aimée foi abordada por uma senhora
que chorava muito e pedia para que ela fosse orar por sua filha que
estava morrendo no carro.
Chegando ao veículo, percebeu que era uma cilada e foi
sequestrada.
No cativeiro, Aimée indagou aos sequestradores sobre o motivo
do seu crime. Eles disseram que pediriam um resgate e ficariam com o
Templo.
Ela, então, ficou presa por quase um mês em uma casa, e depois
levada para uma cabana primitiva durante dois ou três dias. Certo
momento, quando se viu sozinha,
fugiu pela janela e seguiu para o deserto, onde andou o dia
inteiro e enfrentou muitos perigos.
Já era madrugada quando avistou uma casa e foi pedir ajuda. O
senhor Gonçales chamou a policia do Arizona para registrar o sequestro e
avisar a mãe de Aimée.
A polícia a encaminhou para o hospital. Todos no Templo, quando
souberam da noticia, ficaram muito felizes com a volta da irmã
McPherson. Nesta época, ela foi
bastante perseguida pelos jornalistas e autoridades, que não
acreditavam na sua história. Então, depois de um tempo, passaram a
acrescentar detalhes mais picantes,
como a insinuação de que o sequestro fosse uma desculpa para
encontros amorosos, a fim de denegrir sua imagem de evangelista.
Chegaram a inventar até mesmo um aborto.
Mais uma vez, Deus esteve com Aimée, e nada foi provado. Desta
forma, o inquérito foi arquivado por falta de provas.
De volta ao ministério
Aimée voltou às suas viagens evangelísticas, e numa delas, na
cidade de Baltirmore, os jornais a haviam divulgado como “Mulher
Milagrosa”.
Por conta deste anúncio, o teatro ficou repleto de paralíticos e
doentes, e Aimée foi orar ao Senhor, pois sabia que não tinha o poder
para curá-los.
E Senhor respondeu: “quem tem o poder de curar e salvar sou Eu,
mas você será um instrumento em minhas mãos”. Naquela noite muitos
milagres aconteceram.
Durante as viagens evangelísticas, sua mãe cuidava com
eficiência do templo em Los Angeles, mas com a morte da mãe, Aimée
voltou a assumi-lo, passando a
ter um grande desgaste físico e mental. Acabou por adoecer
gravemente e deixar seu filho Rolf assumir a liderança.
O último casamento e a morte
Após os casamentos de seus filhos, Aimée sentiu-se sozinha. Foi
quando conheceu o cantor David Hutton e apaixonou-se. Casou-se com ele e
mais uma vez foi
enganada pelos seus sentimentos, logo descobriu que ele não a
amava, somente a usou para obter sucesso em sua carreira, e
divorciaram-se. Na noite de
26 de setembro de 1944, Aimée pregou o seu último sermão
perante uma multidão na Califórnia. Esta foi a mesma cidade em que 22
anos antes ela recebera
a visão do Evangelho Quadrangular. O ministério de Aimée
terminou tão incansável quanto havia começado. Quando seu filho Rolf a
encontrou na manhã seguinte,
soube que o desejo da mãe havia se concretizado: Aimée havia
partido para junto do Senhor.
Conclusão
Ao olhar para a vida de Aimée Semple McPherson, podemos ver que
quando Deus inicia uma obra Ele é fiel e justo para terminá-la.
Vemos que desde a adolescência o chamado de Deus para ela era
algo forte e que a impulsionava em busca da verdade. Em sua caminhada,
foi caluniada, enganada e perseguida,
chegando quase até a morte, mas Deus a resgatou. Aimée venceu a
morte, venceu necessidades humanas, os seus esforços contribuíram para
que Deus agisse de forma maravilhosa
no seu ministério. Por ser mulher, pagou um preço mais alto.
Enquanto o mundo a criticava, Deus a purificava e a usava com poder e
glória. Seu amor pelas almas era maior
que as dificuldades que ela encontrava pelo caminho. Sua vida
foi dedicada quase que completamente ao ministério, sua prioridade era
levar a salvação, a cura e a restauração
por meio do nome de Jesus Cristo. Que sua vida e ministério nos
sirvam de exemplo e que possamos igualmente obedecer ao chamado de
Deus. Hoje podemos enxergá-la com orgulho
e aproveitar da maravilhosa herança que ela nos deixou: o
ministério Quadrangular, que sobrevive até hoje.
Atualmente, a Igreja do
Evangelho Quadrangular já está presente em 146 países ao redor do mundo.
Sua sede mundial está localizada em Los Angeles,
Califórnia (EUA), mas a igreja funciona de forma autônoma em
cada país.
DE 1944 ATÉ HOJE
Quando Aimée Semple Mcpherson concluiu seu ministério em 1944, a
responsabilidade pela liderança do movimento Quadrangular e da Cruzada
Internacional de
Evangelização estava sobre seu único filho, Rolf K. Mcpherson.
Com isso, ele serviu como presidente do corpo diretivo por 44 anos.
Porém, a mudança da
liderança da igreja não desacelerou o progresso da denominação.
Por volta de 1949, o número de igrejas abertas aumentou de 355 para
521, e mais 2 estados
foram somados ao mapa de expansão: de 33 para 35. Hoje, já
existem igrejas Quadrangulares em todos os Estados norteamericanos, além
de outras tantas espalhadas por cerca de 146 países.
Em 1948, a IEQ se juntou às denominações Assembléia de Deus, Igreja de Deus, Igreja Modelo Bíblia Aberta e Igreja da Santidade Pentecostal, a fim de formar a Pentecostal Fellowship of North America (Irmandade Pentecostal da América do Norte). O propósito da PFNA era promover uma ação de unidade interdenominacional dentro da América do Norte. Em 1994, a PFNA foi reorganizada e passou a se chamar Pentecostal Charismatic Churches of North America (Igrejas Pentecostais Carismáticas da América do Norte), a fim de estimular uma maior inclusão e diversidade. Desde então, a IEQ continua parceira do grande corpo de Cristo, para alcançar comunidades e o mundo, ecoando as palavras descritas na pedra angular do Angelus Temple, que dedica seus membros ao evangelismo universal interdenominacional.
Entre 1958 e 1971, o nível de crescimento da IEQ diminuiu. Nesse período, entretanto, as raízes da igreja foram aprofundadas e os templos foram realocados e aperfeiçoados, o que permitiu maior aproveitamento de recursos. Além disso, na mesma época, foram estabelecidas pela IEQ algumas regras ligadas à aceitação de movimentos carismáticos, que contribuíram para uma fase de estímulo e novo crescimento.
Em 1974 vários pastores começaram a
estabelecer padrões pela explosão do crescimento e renovo espiritual, o
que poderosamente desafiou todo o movimento da IEQ.
Incluíram Jack Hayford, atual presidente da Quadrangular, em
Van Nuys, Califórnia; Roy Hicks Jr. em Eugene, Oregon; Jerry Cook em
Gresham, Oregon; Ron Mehl em
Beaverton, Oregon; e John Holland em Vancouver, Colômbia
Britânica. Estes e outros homens contribuíram para o gigantesco
crescimento da IEQ e seu notável despertar espiritual.
Na Convenção de 1987, a IEQ ofereceu tributo
ao dr. Rolf McPherson e a sua esposa pelos anos de dedicação e serviço
incansável na liderança da igreja.
eles estavam deixando a presidência da Quadrangular naquele
ano. Em maio de 1988, dr. John R. Holland foi nomeado o novo presidente,
o terceiro da história da igreja.
Desde então, o rol presidencial teve dr. Harold Helms
(interino, Julho/1997 – Julho/1998), dr. Paul Risser (1998 – 2004) e
Jack Hayford (2004 – até hoje).
Para onde vai a IEQ daqui para frente?
Recentemente, a igreja apóia uma nova visão de expansão e multiplicação.
Em 2001, o corpo diretivo aprovou a
criação de mais 7 distritos sobre o que era chamado de Distrito
Leste. Isso abriu caminho para uma nova visão de expansão que pretende
alcançar 50 distritos
independentes por todos os EUA. Além disso, três Centros
Administrativos de Recursos estão sendo criados em locais estratégicos
pela nação. Cada um desses CAR
servirão 15-20 distritos e serão dirigidos por um administrador
regional, o que trará mais eficiência, qualidade e precisão nos
detalhes diários, cuja demanda
de serviço atualmente está sobre os escritórios dos distritos, e
liberará os supervisores de distritos a um cuidado mais próximo e
freqüente para com as igrejas
locais. É previsto que a cooperação e os trabalhos interligados
conduzirão a uma visão local mais forte. Por sua vez, novas igrejas
serão implantadas e a
IEQ crescerá pelas comunidades que ainda não foram alcançadas
pelo evangelho de Jesus Cristo.**
* Parte das informações
deste tópico foram extraídas da obra “The Vine and the Branches: A
History of the International Church of the Foursquare Gospel”,
por Nathaniel M. Van Cleave, 1992; ** e da publicação
Foursquare News Service #95, 16 de Julho de 2001.
NO BRASIL
A Igreja do Evangelho Quadrangular foi
fundada na cidade de São João da Boa Vista, estado de São Paulo, em 15
de novembro de 1951, pelo missionário
integrante da Foursquare Gospel Church, Harold Edwin Williams,
natural de Los Angeles, EUA, o qual teve o auxílio de Jesus Hermírio
Vasquez Ramos, natural do Peru.
O fundador
Harold
Edwin Williams nasceu no dia 27 de novembro de 1913, em Hollywood,
Califórnia, EUA. Faleceu em Los Angeles, no mesmo Estado, no dia 11 de
Setembro de 2002.
Harold deixou a esposa, Mary Elizabeth Williams, os filhos John
Robert, Paul James e Diane Elizabeth e os netos.
Harold e sua família freqüentavam o Angelus
Temple, onde aceitou o Senhor e foi batizado nas águas por Aimée Semple
McPherson. Neste mesmo templo,
conheceu Mary Elizabeth e, em 1939, casou-se com ela.
O verdadeiro chamado de Harold para dedicar a
vida em serviço do Senhor veio por meio de uma campanha voltada para
jovens, na igreja de Long Beach.
Naquele dia, ajoelhado ao lado do piano de cauda, ele entregou
sua vida ao ministério de Jesus. Formou-se, então, no Life Bible College
em 1942 e assumiu
seu primeiro pastorado naquele mesmo ano, na cidade de
Arkansas, igreja de Little Rock.
O trabalho de missão no exterior veio no ano
de 1945, quando Harold foi nomeado pelo gabinete de missões e enviado à
Bolívia. No ano seguinte, foi,
enfim, enviado ao Brasil. Chegando aqui, morou na cidade de
Poços de Caldas, enquanto aprendia o idioma e ensinava inglês. Viajou
para a cidade de
São João da Boa Vista em 1950, quando fundou a Igreja do
Evangelho Quadrangular com seu templo próprio no ano seguinte, a qual
era originalmente denominada Evangélica do Brasil.
A consolidação e o crescimento
De 1952 a 1954 Harold liderou, junto ao
missionário Raymond Boatright, um dos maiores movimentos de avivamento
que o Brasil já tinha visto,
denominado Cruzada Nacional de Evangelização, que teve início
na cidade de São Paulo. Harold viera
à capital paulista a convite de um pastor da
Igreja Presbiteriana do Cambuci. Pouco tempo depois,
implantaram uma tenda aberta de lona no mesmo bairro. A partir de então,
a idéia da tenda
tornou-se uma característica peculiar da IEQ no país. Então,
Harold passou pelos bairros da Água Branca e Santa Cecília, sendo este
último o local
onde foi construído o templo em São Paulo. Ele passou, então, a
viajar pelo Estado com a mesma tenda, chamada de “tenda número um”,
dando ênfase
à cura divina e difundindo o lema "Jesus Cristo é o mesmo
ontem, hoje e será eternamente". Enquanto isso, no salão da Santa
Cecília, as senhoras
da igreja começaram a aprender confeccionar tendas com a ajuda
de um irmão que tinha experiência com tendas circenses. Daí por diante,
as tendas
compradas ou fabricadas na própria igreja saíram peregrinando
por lugares como o bairro da Casa Verde, as cidades de Americana,
Limeira, Vitória (ES),
Curitiba (PR) e vários outros lugares. Numa onda contagiante, o
movimento crescia e cada tenda dava origem a um novo núcleo que se
transformava numa nova igreja.
Na
década de 60, já sob a liderança de George Russell Faulkner,
estabeleceu-se a meta de levar a mensagem Quadrangular a cada capital de
Estado,
sendo futuramente levada aos demais municípios. Por onde as
tendas passavam, constituíam uma nova comunidade. Assim, as décadas de
70 e 80 foram
marcadas pelo evangelismo dinâmico e pela construção de grandes
e belos templos.
Em 1997, a IEQ no Brasil contava com 5.530 templos e obras novas, os quais se dividem em 2.026 templos, 1.778 salões
e 1.726 tabernáculos de madeira,
além das 4 mil congregações e pontos de pregação que funcionam
sob a responsabilidade das igrejas locais. Ao todo, já havia no
ministério Quadrangular
nacional 2.887 ministros, 1.488 aspirantes e 10.648 obreiros
credenciados. Vale ressaltar que, do total de 15.023 membros atuantes no
ministério, 5.951
eram mulheres. 38 mil diáconos e diaconisas trabalhavam nas
igrejas, que já comportavam um total de, aproximadamente, 1,6 milhão de
membros.
A Igreja do Evangelho Quadrangular
Internacional, hoje, está presente em 146 países pelo mundo. Desde 1944 o
sol brilha ininterruptamente sobre a bandeira
Quadrangular, com igrejas em todos os continentes. Só no
Brasil, a IEQ já conta com 9 missionários espalhados por sete países.
Preparo ministerial
Para preparar pessoas ao ministério
Quadrangular, a igreja criou o Instituto Teológico, com mais de 4,5 mil
alunos e 1,2 mil professores,
cursos de extensão preparados pela Secretaria de Educação e
Cultura, além de diversos livros e publicações cristãs de qualidade,
produzidos e distribuídos
pela Editora e Publicadora Quadrangular George Russell
Faulkner, a editora oficial da denominação no Brasil.
DEPARTAMENTO HISTÓRICO
A IEQ no Brasil tem à sua disposição uma
biblioteca histórica, um verdadeiro guia de acesso à história da Igreja
do Evangelho Quadrangular no nosso país.
Você poderá encontrar neste website tudo sobre o trabalho da
instituição e sobre as pessoas que fazem parte do início dessa cruzada.
Confira, ainda,
estatísticas da igreja, artigos online publicados, além de
diversas fotos memoráveis na seção de biografias e da solenidade pelo
aniversário da
igreja realizado na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Clique aqui e visite o Departamento Histórico Nacional Quadrangular
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